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Fechando o carnaval com Libertadores e Champions League

Fechando o carnaval com Libertadores e Champions League

O carnaval acabou e finalmente 2018 irá começar. Para fechar o carnaval tivemos duas grandes partidas que consolidam duas equipes que tem vivido momentos diferentes nos últimos anos. No final da tarde de quarta-feira, a equipe do Real Madrid recebeu o PSG anabolizado após a contratação de Neymar e a noite o Vasco da Gama recebeu o Jorge Wilstermann.

Crédito: Reprodução/Facebook UEFA Champions League

Você pode estar se perguntando: ele vai comparar esses dois jogos mesmo¿ Obviamente que os times europeus estão em um patamar superior, mas a comparação se justifica. Afinal trata-se das duas competições internacionais mais importantes do futebol mundial. Champions League e Copa Libertadores da América sempre definiram os “melhores times do mundo” em uma disputa que antigamente era em jogo único (embora muita gente conteste essa forma de disputa).

A poderosa equipe de Madrid, com o melhor do mundo Cristiano Ronaldo, recebeu o PSG, hoje a vitrine do Neymar. Muita gente estava apostando no PSG, pelo fato do Neymar estar em campo, esquecendo que o Real não é só o CR7, claro que os dois jogadores são os craques das equipes, mas o Real Madrid vai além do camisa 9.

Da mesma forma que o PSG deveria ser mais do que o Neymar e o que fica parecendo é que não é. Existindo assim uma “neymardependência”. No entanto a equipe francesa possui até uma consistência táctica e entrosamento do time, mas na partida de quarta o diferencial estava mesmo no banco de reservas. O técnico da equipe francesa, que havia saído a frente no placar, mexeu muito mal na equipe e o Camisa 10 não fez a diferença, diferente do ainda contestado Cristiano Ronaldo (apesar dos incontáveis títulos).

 São Januário – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

Já pelo lado de cá dos trópicos temos assistido a equipe do Vasco da Gama, surpreendendo de certa forma na Libertadores da América (pré-libertadores), com aproveitamento de 100%, dez gols marcados e nenhum sofrido. Como disse inicialmente as equipes europeias estão em um patamar elevado e o Jorge Wilstermann não é nenhum PSG ou Real Madrid. Nem o Vasco no momento está perto de ser, mas apesar do clima político, que se arrastou desde o fim do ano passado, a equipe parece estar se acertando com obediência técnica.

Embora tenha perdido peças importantes neste início de ano (Anderson Martins e Nenê) a equipe vem demonstrando que a vida mesmo sem a existência de um grande craque. Ainda que não tenha ido bem na Taça Guanabara, quando sequer se classificou para as finais, bem como não enfrentou nenhuma grande equipe na Libertadores, deve ser reconhecida a evolução da equipe e há esperanças em jovens promessas como Paulinho e Evander. Além do papel importantíssimo do técnico Zé Ricardo que desde o ano passado, quando recuperou a equipe e impediu a queda para a série B e ainda conseguiu a classificação para a Libertadores.

Enquanto o Real Madrid consolida o poder da equipe com a consistência de um técnico competente, por aqui o modesto time do Vasco da Gama, vem conseguindo vislumbrar um futuro melhor também com a participação de um técnico da nova geração. Enquanto a equipe do PSG parece lutar internamente para conseguir manter uma consistência e equilíbrio que parece não ter saído dos limites franceses.

Agora só resta esperar o desfecho do próximo encontro entre as equipes para definir quem seguirá e quem irá chorar mágoas.

 Por Fábio Araújo